A história da computação remonta a tempos antigos, muito antes da existência de computadores eletrônicos. Dispositivos como o ábaco, desenvolvido por volta de 2400 a.C., são considerados os primeiros instrumentos de cálculo. O ábaco permitia realizar operações aritméticas básicas e foi amplamente utilizado em diversas civilizações, incluindo a chinesa, romana e grega. Outro marco importante foi a máquina de Anticítera, descoberta em 1901 em um naufrágio grego, que datava de aproximadamente 100 a.C. Este dispositivo mecânico era usado para prever posições astronômicas e eclipses. Durante o Renascimento, figuras como Leonardo da Vinci esboçaram projetos de máquinas calculadoras, embora não tenham sido construídas na época. No século XVII, Wilhelm Schickard construiu a primeira calculadora mecânica, seguida pelas máquinas de Blaise Pascal e Gottfried Wilhelm Leibniz. Estas invenções estabeleceram os fundamentos para o desenvolvimento posterior de dispositivos computacionais mais complexos.
Voltar ao topoO século XIX testemunhou avanços significativos na computação mecânica. Charles Babbage, um matemático inglês, concebeu a Máquina Diferencial na década de 1820, capaz de calcular tabelas de funções polinomiais automaticamente. Embora nunca tenha sido completamente construída durante sua vida, uma versão funcional foi finalmente montada em 1991, provando que o design de Babbage era viável. Babbage também projetou a Máquina Analítica, considerada o primeiro conceito de um computador programável de propósito geral. Ada Lovelace, colaboradora de Babbage, escreveu o que é considerado o primeiro algoritmo destinado a ser processado por uma máquina, tornando-se assim a primeira programadora da história. Outro marco importante foi a Máquina de Tabulação de Herman Hollerith, desenvolvida no final do século XIX para processar dados do censo dos EUA. Esta máquina usava cartões perfurados para armazenar e processar informações, e a tecnologia posteriormente levou à fundação da IBM. Estes desenvolvimentos marcaram a transição de dispositivos de cálculo puramente mecânicos para sistemas que poderiam ser programados para executar tarefas variadas.
Voltar ao topoA Segunda Guerra Mundial acelerou o desenvolvimento de computadores eletrônicos. O Colossus, desenvolvido pelos britânicos em 1943, foi o primeiro computador eletrônico programável, usado para decifrar códigos alemães. Nos EUA, o ENIAC (Electronic Numerical Integrator and Computer) foi concluído em 1945, sendo o primeiro computador eletrônico de propósito geral. O ENIAC ocupava 167 metros quadrados e pesava 27 toneladas, consumindo 150 quilowatts de energia. A arquitetura de von Neumann, proposta em 1945, estabeleceu o conceito de armazenar programas na memória do computador, tornando-se a base para a maioria dos computadores modernos. Na década de 1950, os computadores começaram a usar transistores em vez de válvulas, reduzindo drasticamente seu tamanho e consumo de energia. Esta época também viu o desenvolvimento das primeiras linguagens de programação de alto nível, como FORTRAN e COBOL. Empresas como IBM, UNIVAC e Honeywell dominavam o mercado de mainframes, que eram usados principalmente por governos, universidades e grandes corporações. Estes computadores eram extremamente caros e requeriam equipes especializadas para operá-los, limitando seu acesso a um pequeno número de instituições.
Voltar ao topoA década de 1970 marcou o início da revolução dos computadores pessoais. O Altair 8800, lançado em 1975, foi um dos primeiros computadores pessoais disponíveis comercialmente, embora exigisse montagem pelo usuário e não tivesse monitor ou teclado. Em 1976, Steve Jobs e Steve Wozniak fundaram a Apple Computer e lançaram o Apple I, seguido pelo muito mais popular Apple II em 1977. O IBM PC, lançado em 1981, estabeleceu o padrão para computadores pessoais e popularizou a arquitetura x86. A Microsoft, fundada por Bill Gates e Paul Allen, forneceu o sistema operacional MS-DOS para o IBM PC, iniciando sua dominância no mercado de software. Durante os anos 1980 e 1990, os computadores pessoais tornaram-se mais poderosos e acessíveis, com interfaces gráficas como as do Macintosh (1984) e Windows (a partir de 1985) tornando-os mais fáceis de usar. O desenvolvimento de microprocessadores mais rápidos e baratos, principalmente pela Intel e AMD, permitiu que os PCs realizassem tarefas cada vez mais complexas. Ao mesmo tempo, o surgimento de software aplicativo, como processadores de texto, planilhas e programas de design gráfico, expandiu enormemente a utilidade dos computadores pessoais tanto para trabalho quanto para lazer.
Voltar ao topoA popularização da Internet na década de 1990 transformou fundamentalmente o papel dos computadores na sociedade. A World Wide Web, inventada por Tim Berners-Lee em 1989, tornou a Internet acessível ao público em geral através de navegadores web como o Mosaic (1993) e posteriormente o Netscape Navigator e Internet Explorer. O crescimento exponencial da Internet levou ao desenvolvimento de motores de busca como Google (fundado em 1998), que organizaram a vasta quantidade de informação online. A década de 2000 viu o surgimento da computação móvel com smartphones como o iPhone (2007) e tablets como o iPad (2010), que colocaram o poder de computação no bolso das pessoas. A computação em nuvem permitiu que aplicativos e armazenamento de dados fossem acessados de qualquer lugar, reduzindo a dependência de hardware local. Recentemente, avanços em inteligência artificial, aprendizado de máquina e computação quântica estão abrindo novos capítulos na história da computação. As redes sociais, o comércio eletrônico e os serviços de streaming transformaram radicalmente como trabalhamos, nos comunicamos e nos entretemos. À medida que a Internet das Coisas conecta cada vez mais dispositivos à rede, os computadores estão se tornando invisivelmente integrados em todos os aspectos de nossas vidas, desde casas inteligentes até cidades inteligentes e além.
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